Publicado em: ter, 08/09/2020 - 21:01
Dos EUA vêm cenas de violência policial extrema, notadamente contra pessoas pretas. Por lá, os recentes episódios culminaram com a morte de George Floyd em Minneapolis e com Jacob Blake levando sete tiros pelas costas, deflagrados pela polícia de Kelosha, deixando-o – muito provavelmente – aleijado, paralítico abaixo da linha da cintura.
No Brasil aparentemente não temos uma situação distinta. Certamente a principal diferença é o tipo de reação que a população (ou pelo menos uma parte dessa) adotou por lá, distinguindo-a da que é adotada por aqui. O que o preconceito racial, o antirracismo e bases antropológicas podem explicar sobre essa triste realidade?
Questões como violência policial, uso da força e segurança pública, vêm se tornando cada vez mais corriqueiras? Ou será que o simples fato de que cada vez mais pessoas filmam essas cenas, que consequentemente acabam tendo repercussão global pelas mídias está gerando essa sensação de recrudescimento dessa violência?
Certamente um maior investimento em treinamento e capacitação em políticas de segurança pública, com mais atenção ao policial contribuiria para uma redução desses índices.
Outro ângulo que merece destaque é o olhar necessário sobre a saúde dos homens e mulheres que atuam em nossas polícias. Certamente não contam com condições favoráveis de trabalho ou suporte mínimo às suas atribuições. Uma reportagem veiculada pela revista Exame em 26 de setembro de 2019 apontou que, no Brasil, a quantidade de policiais que cometem o suicídio é maior do que os que acabam morrendo em confrontos armados em nossas ruas e cidades.
Neste mês de setembro, quando o mundo alerta para os riscos de comportamentos depressivos, denominando o mês de Setembro Amarelo, é sempre importante levantarmos o tema para debate. O que podemos fazer para atuar prevenindo o suicídio, avaliação, manejo e posvenção? Esses e outros temas são o foco de estudos desse novo programa de capacitação profissional.
Faça a sua parte. Debate, estude, discuta e apoie. Esse é um jogo que precisamos virar.