Mulheres investem cada vez mais em Bolsa de Valores

Juracy Braga Soares Junior
Publicado em: sex, 01/01/2021 - 10:21

O ano de 2021 começa com uma expectativa de reaquecimento da Economia, principalmente por conta do controle da pandemia em nível global. A partir daí, muitos investidores já pesquisam as melhores opções de investimento. O ano de 2020 ficará marcado por uma sequência de quebra de recordes, quando medida a entrada de pessoas físicas nessa modalidade de operação.

A Bovespa B3 disponibiliza em seu site um painel sobre o perfil desses investidores no Brasil. A partir dessa fonte de dados, é interessante analisarmos os seguintes indicadores: A participação dos homens lidera com folga nesse parâmetro. Segundo os números divulgados pela B3, a quantidade de investidores do sexo masculino até 30 de novembro de 2020 foi de 2.348.612, o que corresponde a 73,26% do total. As mulheres estão em 824,799, comparecendo com os 25,73% restantes. De qualquer modo, o número superior a três milhões de investidores pessoa física (3.173.411, para sermos exatos).

Quando avaliado o perfil por faixa de idade, temos que os mais idosos (investidores com idade superior a 66 anos) são os líderes nessa modalidade, com 193.295, o que aponta o percentual de 33,25%. Interessante é que nessa faixa etária, a participação das mulheres cresce para 31,11%, já que as senhoras com mais de 66 anos somaram 60.128.

Interessante é avaliarmos que a inserção dos investidores que optam por apostar no mercado de ações é diretamente proporcional à idade, tendo em vista, ao que parece, os investidores participam mais intensamente conforme vão ficando mais experientes e certamente vão acumulando mais informações sobre esse mercado, conforme se verifica nos múmeros acima.

A B3 também parametriza o perfil dos investidores por unidade da federação. Nesse indicador, São Paulo é líder com 1.227.835, o que corresponde a mais de 47% de participação. Os quase 53% restantes são divididos entre os demais estados e Distrito Federal, sendo que os quatro estados que compõem os “Top Five” são Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os estados ranqueados nas últimas cinco posições são, de baixo para cima: Tocantins, na 27ª posição com apenas 9.765 contas (0,08%). Logo acima, os outro quatro “lanternas” são Roraima, Acre, Amapá e Rondônia (vide tabela abaixo). Em termos de região, fica evidenciado que as regiões Sul e Sudeste lideram a participação desse tipo de investidor, enquanto a região com menor ingresso no mercado de Bolsa é a região Norte.

O destaque dessa pesquisa permanente é para a evolução (ainda tímida, é verdade) da participação das mulheres apostando no mercado de ações. Se em 2002 elas somavam pouco mais de 15.000 contas (17,63%), em 2020 atingiram 824.199 (25.99%). A boa notícia é que elas avançam no terreno antes predominantemente de homens, que tiveram a participação reduzida de 82.37% para 74.01%. 

AS PRINCIPAIS DICAS PARA VOCÊ, QUE QUER SER INVESTIDORA OU INVESTIDOR
Como são muitas e muitos as brasileiras e brasileiros que têm interesse em aplicar no mercado de ações, aqui vão algumas sacadas e conselhos úteis para reduzir o risco e aumentar as chances de retorno nesse mercado de investimentos:

Inicialmente é imprescindível que você estude e aprenda mais sobre esse mercado. Saiba o que são ações, como são comercializadas, o que pode influenciar sua cotação no mercado e como você pode ganhar ou perder dinheiro com esse tipo de operação. Nesse sentido, recomendamos:

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Depois que você conhecer melhor sobre o mercado, atente para os seguintes pontos:

Jamais aplique mais que 10% de suas reservas em ações. Lembre-se que esse tipo de operação – não à toa – é chamado também de “mercado de risco”. Aplicar mais do que esse montante pode trazer experiências traumatizantes;

Entenda que as oscilações de preço fazem parte dessa modalidade. Vender ou comprar ações em função das variações momentâneas é uma maneira quase certa de perder dinheiro nesse mercado. Aqui, paciência e controle são cruciais para montar uma estratégia vencedora nos médio e longo prazos.

Por falar em prazo, é igualmente recomendável que você projete ganhos em intervalo de tempo superior a um ou dois anos. O mercado de ganhos diários ou “day trade” não deve ser algo a se apostar, a não ser que você seja muitíssimo experiente e consiga viver acompanhando esse mercado de modo integral. Mesmo assim, é assumir o pico do risco em operações.

Considere investir em fundos de ações, administrados por corretoras que já têm sólida reputação no mercado. Essa medida não só pode diluir o risco, como também pode significar garantia de mais estabilidade. Risco e retorno costumam ter – em regra – sentidos opostos.

Para acessar a tabela completa, disponibilizada pela B3 vá até o link: http://www.b3.com.br/pt_br/market-data-e-indices/servicos-de-dados/marke...

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Prof. Juracy Soares. Fundador da Unieducar Universidade Corporativa. Doutor em Direito; Mestre em Controladoria; Especialista em Auditoria; graduado em Direito e Contábeis. Certificado em Docência do Ensino Superior; Pesquisador em e-Learning. Editor-Chefe da Revista científica Semana Acadêmica (www.semanaacademica.org.br). Professor universitário e palestrante internacional.

 

 

 

Nota do editor: os textos, fotos, vídeos, tabelas e outros materiais iconográficos publicados no espaço “opinião” não refletem necessariamente nosso pensamento, sendo de total responsabilidade do(s) autor(es) as informações, juízos de valor e conceitos divulgados.